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crianças da escola

Escola Inclusiva, TEA

Orientações aos Pais e Professores
  • Cabe aos pais do aluno com TEA a decisão de compartilhamento do diagnóstico com a equipe escolar. Cabe a eles também consentirem a menção do diagnóstico em documentos e indicar quais membros da comunidade escolar terá acesso ao mesmo. A confidencialidade é uma questão ética de direito dos pais e do indivíduo.

  • A escola e o professor devem proporcionar à comunidade escolar atividades de conscientização sobre o Autismo. Aulas, debates e vídeos são algumas das estratégias úteis para esse fim. Neste caso também, o diagnóstico do aluno em questão só poderá ser aberto para a comunidade escolar com o consentimento dos pais.

  • Para o sucesso das intervenções de inclusão aqui descritas, a escola deve incentivar os pais a consentirem o compartilhamento do diagnóstico com todos os profissionais que trabalham diretamente com o aluno na comunidade escolar.

  • Antes do início do ano letivo, o professor deve definir os objetivos educacionais a serem alcançados, o tempo e suporte necessários, além de estabelecer critérios objetivos de avaliação.

  • Adequar o currículo escolar aos alunos com TEA a partir do estilo cognitivo individual preocupando-se com a estimulação das funções neuropsicológicas necessárias ao aprendizado eficiente. A adequação curricular não significa simples redução, mas a forma como o conteúdo é apresentado ao aluno em foco.

  • Garantir ao aluno com TEA acesso ao currículo escolar por meio de adaptações que envolvam materiais adaptados, jogos pedagógicos, uso de imagens, fotos, esquemas, signos visuais e ajustes de grande e pequeno porte. Permitir o acesso e o uso de materiais e móveis adaptados visando à organização sensório-motora e adequação postural do aluno com TEA.

  • Identificar intolerância aos estímulos auditivos, bem como tempo de tolerância durante aprendizado em sala de aula.

  • Organizar um sistema de registro individual de desempenho e comportamento que vise retratar o desenvolvimento de cada aluno com TEA com base nos objetivos levantados e que seja sistematizado com fins estatísticos e levem à reprogramação e avaliação.

  • Alunos com TEA frequentemente apresentam exagerado apego a rotinas. Dessa forma, o professor deve facilitar a previsibilidade da rotina usando preditores visuais como agendas ilustradas, calendários e sequência das atividades, indicando o que vai acontecer e em quais momentos.

  • Na medida do grau de funcionalidade do aluno com TEA, a escola deve oferecer um professor auxiliar para acompanhar o aluno em sala de aula e outras atividades escolares.

  • Ofertar ao aluno com TEA a possibilidade de comunicação alternativa visualmente mediada em situação escolar, como o método PECS (Picture Exchange Communication System ou Sistema de Comunicação pela Troca de Figura) ou similar.

  • Complementação didático-metodológica em situação escolar com princípios validados na literatura científica tais como PECS, ABA (Applied Behavior Analysis ou Análise Comportamental Aplicada) e TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Communication Handicapped Children, Tratamento e Educação de Crianças Autistas e com Desvantagens na Comunicação), evitando qualquer ação que seja pautada no senso comum e desprovida de validação.

  • Capacitar o professor a lidar com o aluno com TEA nas teorias de mutabilidade cognitiva e comportamental, ensinando como instalar, manter e/ou eliminar comportamentos.

  • A boa comunicação entre os pais e o professor é de fundamental importância na inclusão do aluno com TEA e pode ser viabilizada com as seguintes medida:

    • Reuniões regulares sobre os objetivos educacionais e comportamentais (manejo de desobediência, confrontos, hiperatividade, estereotipias, rigidez cognitiva e dificuldade de relacionamento com os colegas).

    • Uso de agenda que estabeleça uma comunicação diária entre o professor e os pais permitindo troca de informações sobre o comportamento da criança e ocorrências domésticas (sono, medicação, alimentação, etc.) e escolares (trabalhos, excursões, comemorações e mudanças de rotina, etc.).

  • Garantir ao aluno com TEA atendimento educacional gratuito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração em escolas de ensino regular.​

Referências: Comunidade Aprender Criança. Cartilha da Inclusão Escolar: inclusão baseada em evidências científicas (Ed. Instituto Glia, 2014).

  • Médico Neurologista e Neuropediatra

  • Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia - ABN

  • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil - SBNI

  • Título de Especialista em Neurologia pela Academia Brasileira de Neurologia - ABN/AMB

  • Título de Área de Atuação em Neuropediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP/AMB

  • CRM-GO 15286 / RQE 9716 / RQE 18012

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